Povinho do contra

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Mais uma vez venho postar aqui mais uma pérola encontrada na net. Alguém, provavelmente estudante de "deziguining" insatisfeito com o curso e, tentando demonstrar sagacidade nas articulações, propõe a criação de um "Anti-Design". O texto onde se encontra o manifesto em questão está no site: http://www.manifestoantidesign.com/

Oras, essa idéia até começa interessante, quando se avalia as transformações ocorridas na profissão e seu progressivo desterritorialismo, sua transdisciplinaridade e tudo mais. Concordo até que falta, sim, um saber empírico, uma construção de enraizamento do design para que o mesmo possa ter uma origem que permita a expansão das pesquisas e das teorias. Mas daí propor um "anti-design", uma negação, um caminho de contestação sobre algo que está em construção é por demais prematuro.

E pior: dentro do proposto, chega a ser infantil. Uma proposta de criação de um movimento de negação do design agora, nos moldes apresentados pelo manifesto, demonstra claramente uma falta de noção do proponente ao que é a profissão, falta discernimento sobre o que é pesquisar e consolidar um modelo academico. Ao ler tal manifesto, não me saia da cabeça a imagem de uma jovem, sonhador, querendo viajar para a praia, e não planejava mais nada, apenas a idéia de ir à praia. Não se preocupava que para chegar à praia necessita de transporte (considere alguém que more no interior e não no litoral), seja ele ônibus, carro, avião, bicicleta ou sei lá mais o quê. Precisa de mala, roupas, hospedagem, alimentação… enfim, precisa de tantas coisas que apenas a idéia de ir à praia não sustenta o sonho. Ou pelo menos não o constrói.

Procurei, ao ler o manifesto, qualquer coisa que pudesse demonstrar uma razão para tal manifesto, pois apenas a  insatisfação por uma baixa formação teórica é recorrente não apenas na formação do designer, mas de vários outros cursos que não listarei aqui. Acredito que essa insatisfação seja um primeiro caminho para a mudança, mas ele, por sí não gera tal mudança. É necessário maturidade para apresentar caminhos, propostas, idéias, opções que fundamentem uma solução para tal contestação. Porém tais passo estão longe do escrito. Muito foi dito em se negar o que se pratica, apontando para uma falha importante como o fator ponderante de definição da profissão, como se esse fator fosse responsável (e aplicado) por todas as disciplinas e pela formação do profissional: o aspecto prático. É claro que focar única e exclusivamente ao aspecto prático numa faculdade não ajuda nada na formação, pois torna a concepção extremamente prática (e porque não superficial) da lógica de uma faculdade. Mas estar numa instituição de formação superior é ter autonomia para a pesquisa e o conhecimento. Os professores são encumbidos de apresentar os caminhos para que cada aluno trilhe ali sua vontade no aprender, suas curiosidades, suas insatisfações com a profissão e/ou com sua prática profissional. É o aluno que constrói a formação acadêmica.

Aceitar inocentemente um manifesto como este, dentro do que ali está configurado, é acreditar que uma faculdade tem por obrigação tratar seus alunos como crianças, que precisa ensinar, individualmente, cada um a reinventar a roda. E definitivamente não é essa a função das instituições de ensino. Demosntrar um caminho para a construção de uma formação vale muito mais. Acredito até que se o autor deste manifesto tivesse convertido seu tempo (para produzr tal material )amadurecendo idéias e pesquisando assuntos pertinentes ao design, certamente daria maior contribuição à toda sociedade, pois criticar uma forma de organização sem ter a capacidade de propor nada em compensação é, certamente, um modelo desgastado e inútil de dizer a todos: "estou insatisfeito e não tenho a menor idéia do que fazer".

Bem, termino aqui meu desbafo, pois acredito que, pra mim, tal contexto se esgota por aqui. Volto às minhas pesquisas na tentativa de construir conteúdo para a melhoria da sociedade, através do tão mal-falado design.

Momento solidário

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Apesar de não ser muito fã em dedicar explicitamente uma devoção a certas ideologias, o certo é que a gente não pode cuspir no prato que come. Por isso farei uma pequena contribuição aqui, onde ninguém lê mesmo (eh, eh, eh…) desse povo que tanto me auxilia a encontrar coisas na net.

Vamos lá, pessoas utilizem esta Mula Brazuca, pois eles estão com um produto bacana e precisam de divulgação. Entrem no Superdonwloads e procurem por ela.

Utensílios multi-uso

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Não é por nada, não, mas conheço certas pessoas que adorariam ter em suas casas móveis com dupla utilidade, como este aqui:
http://talkability.files.wordpress.com/2007/08/safe_table.jpg.
 
De acordo com os relatos (e não preciso proferir nomes) o sonho deles é o retorno à era do aço… e porque não do glutanismo gratuito (essa por minha conta). Uso de espadas, cimitarras, maços… O cara pisou em seu pé? E não pediu desculpas? Tá resolvido… Puxa a espada e corta a cabeça. Talvez como nos filmes Highlanther. Mas só nas cenas épicas.
 
Resta saber se os designer espertinhos que desenvolveram o encontrado consigam desenvolver também utensílios com mesma versatilidade, mas como mobiliário urbano. Afinal, é bêbado e nas ruas que a gente realmente precisa deles. (sem nenhuma menção à violencia gratuita).

Multiplicação de atrocidades toscas via web

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Brasileiro é mesmo foda. Basta surgir uma grande idéia que ele vai e avacalha tudo. E isso pode ser comprovado na sátira que fizeram da Wikipedia, chamado DESCICLOPÉDIA. Não sei se foi sorte ou azar, mas conheci esse site recebendo um link que descreve Belo Horizonte. É triste, mas devemos concordar que muito do que ali foi colocado reflete o estereótipo de Belorizonte. A roça-capital que é tão discriminada pelos seus moradores e é, ao mesmo tempo, sua lembrança. O endereço citado é http://desciclo.pedia.ws/wiki/Belo_Horizonte.
Em condições normais de temperatura e pressão eu discorreria mais a esse respeito. Porém surfando por esse Desciclpédia encontrei um revolucionário serviço que faz seres vivos dotados de intelecto e compreensão da lingua portuguesa a compreender o dialeto infanto-puerital-retardado-EMO-juvenil. Quem hoje não tem dificuldades de conversar com jovens, ou entusiastas dos programas de mensagens instantâneas que transformam a já tão complicada lingua portuguesa num total e completo sistema de desinformação e preguiça à compreensão? Pois seus problemas terminaram: acesse http://aurelio.net/web/miguxeitor.html e tenha, inteiramente grátis seu texto codificado para esse idioma sem vergonha. Infelizmente, por motivos óbvios não sobrou neurônio suficiente aos desenvolvedores dessa revolucionária ferramenta para codificação inversa.
Rezemos para que um dia outros sacrifiquem suas vidas e nos forneça essa glória.
Saudade que eu tenho quando menino inventava coisas mais simples, como a “língua do P”.
Mas se você pensa que acabou por aí. Está completamente enganado. De brinde o site do Miguxeitor oferece um excepcional tradutor para se escrever em dialeto gripado. http://aurelio.net/web/engripeitor.html. É triste pensar nisso, mas as pessoas publicam essas coisas. E pior que publicar é a gente perder tempo com isso e ainda publica comentários. Mas fazer o quê, né?! A vida é assim mesmo.
Continuemos remando, porque do céu só cai urubu.